Pelo
decreto-lei 4954 de 14/01/2006, o silício foi considerado como micronutriente
pela legislação brasileira. Quanto às fontes, somente o silicato de potássio
foi regulamentado como fonte de silício solúvel para ser usada na agricultura.
O silicato de potássio é obtido tratando-se a sílica com hidróxido de potássio,
sob temperatura e pressão altas, obtendo-se o silicato de potássio. O silicato
apresenta-se como líquido solúvel, pH maior que 12, aspecto viscoso e incolor.
Por ser solúvel pode ser aplicado via foliar, fertirrigação e hidroponia. No
solo, o silício desloca o fósforo (P) fixado nos óxidos e hidróxidos de ferro e
alumínio, tornando-o disponível para as plantas. Em condições de alagamento,
reduz a toxidez de ferro e manganês. O silício favorece a nodulação e,
consequentemente, maior a fixação do N atmosférico pelas bactérias do gênero
Risobium, nas leguminosas. O silício se polimeriza aumentando a resistência ao
acamamento. Nas folhas, aumenta a resistência às deficiências hídricas, às
pragas e doenças, além de ajudar na fotossíntese, produção de carboidratos e
açúcares. O silício induz a produção de compostos fenólicos, como as quinonas e
as fitoalexinas, que são substâncias de defesa natural das plantas contra às
pragas e doenças. O silício, via foliar, deve ser aplicado junto com um
espalhante adesivo compatível (veja orientação do fabricante), e o número de
aplicações deve ser o suficiente para manter as folhas protegidas.
O silício, no solo, está presente na forma de ácido monossilícico que é prontamente absorvido pelas plantas. As principais fontes de ácido monossilícico, na solução do solo, são:
- decomposição dos resíduos vegetais;
- dissociação do ácido silícico;
- liberação de silício dos óxidos e hidróxidos de Fe e Al;
- dissolução de minerais cristalinos e não cristalinos;
- adição de fertilizantes silicatados;
- água de irrigação.
Solos com pH baixo, alto teor de Al trocável, baixa saturação de bases (V%), alta capacidade de fixação de P, atividade microbiana reduzida, são deficientes em silício trocável e apresentam baixos níveis do nutriente.
No café, via foliar, o silício melhora o crescimento das folhas do cafeeiro. Figueiredo et al. (2006), verificaram que o aumento das folhas foi influenciado pelas doses de silício solúvel, aplicado na forma de silicato de potássio, reaplicando 3 vezes, com intervalos de 40 dias.
O CAT Uberaba avaliou os efeitos do silício, via foliar, associado à fungicida, em diferentes estágios de desenvolvimento da lavoura de soja. Foram usadas duas fontes de silicato de potássio em comparação com a testemunha que somente recebeu fungicida. As outras parcelas pesquisadas receberam uma interação entre os dois produtos mais fungicida. Os resultados foram medidos em termos de grãos ardidos, peso de mil grãos e produtividade. A soja respondeu aos tratamentos contendo os produtos mais fungicida com aumentos superiores a 150% em relação à testemunha cuja produção foi de 20 sc/ha. O peso de 1.000 grãos foi superior em 30% ao da testemunha. A aplicação de sílica foliar possibilitou a redução do número de aplicações de fungicidas na soja.
Um outro experimento realizado pelo CAT Uberlândia foi a aplicação de silício no sulco de semeadura do milho. O silício foi aplicado junto com o adubo misturado na caixa de fertilizantes. O silício foi utilizado na forma de silicato granulado em dosagens de 0, 50, 100, 150, 200, 250 kg/ha. A testemunha apresentou uma taxa de acamamento de 12,9% e a medida que aumentava a dose de silicato, a taxa de acamamento ia diminuindo. A melhor dose, neste caso, foi de 150 kg/ha. A partir desta dose não houve resposta, com a taxa de acamamento mantendo-se a mesma. No que diz respeito ao aumento de produtividade do milho, a melhor dosagem foi de 200 kg/ha, ou seja, uma produção de 10 sc/ha a mais do que a testemunha. O solo era de alta fertilidade.
O uso do silício na soja tem apresentado ótimos resultados na pesquisa, pelo aumento da resistência das plantas às doenças. A aplicação de silício tem apresentado redução da severidade da ferrugem asiática. A aplicação de silicatos mais fungicidas tem proporcionado melhor controle da doença. Entretanto, a aplicação deve ser preventiva. Após o aparecimento dos sintomas, somente deve ser feita aplicação com fungicida. O silício forma uma barreira física, uma camada protetora nas folhas que impede a penetração do fungo. Além disto, parece que com silício diminui o efeito fitotóxico de herbicidas. O uso de silicatos mostra que não há redução da eficiência dos herbicidas. Uma aplicação de silicato deve ser feita nos estágios V4 a V6: uma aplicação no pré-florescimento: uma aplicação no estágio de enchimento dos grãos. A dosagem depende do produto e da recomendação do técnico responsável.
Diversas culturas como, trigo, soja, milho, algodão arroz irrigado, cana-de-açúcar podem ser beneficiadas com o uso do silício. O efeito é maior em solos adubados com nitrogênio e que apresentam baixos teores de silício disponível para as plantas. Aumentos de produtividade, altura da planta, matéria seca (parte aérea e raízes) são constatados no trigo, soja, arroz. No algodão verifica-se um crescimento mais rápido da planta, um aumento no número e no tamanho dos capulhos, dos ramos frutíferos, e um aumento na percentagem de fibras. No arroz, há um aumento no número de grãos e panículas, e uma diminuição da esterilidade. Na soja, o número de vagens aumenta. No arroz irrigado, há um aumento do poder de oxidação das raízes. Na cana-de-açúcar ocorre um aumento no comprimento e diâmetro dos colmos, no número de perfilhos, e na produtividade. Os estresses das plantas são reduzidos com a aplicação de silício devido a interação dele com os outros nutrientes. A toxidez do ferro, zinco, manganês, sódio e alumínio pode ser minimizada ou evitada com a aplicação de silicatos. Em solos ácidos, a toxidez pelo alumínio é um estresse muito alto para as plantas.
Nolla, A. et al., verificaram que a aplicação de silicato de cálcio na lavoura de soja reduziu, significativamente, o nível de severidade de Cercospora sojina aos 47, 66, 79 dias após a emergência. Por outro lado, a aplicação de calcário foi menos eficiente que o silicato de cálcio no controle da Cercospora sojina.
Fonte: Agronomiacomgismonti
O silício, no solo, está presente na forma de ácido monossilícico que é prontamente absorvido pelas plantas. As principais fontes de ácido monossilícico, na solução do solo, são:
- decomposição dos resíduos vegetais;
- dissociação do ácido silícico;
- liberação de silício dos óxidos e hidróxidos de Fe e Al;
- dissolução de minerais cristalinos e não cristalinos;
- adição de fertilizantes silicatados;
- água de irrigação.
Solos com pH baixo, alto teor de Al trocável, baixa saturação de bases (V%), alta capacidade de fixação de P, atividade microbiana reduzida, são deficientes em silício trocável e apresentam baixos níveis do nutriente.
No café, via foliar, o silício melhora o crescimento das folhas do cafeeiro. Figueiredo et al. (2006), verificaram que o aumento das folhas foi influenciado pelas doses de silício solúvel, aplicado na forma de silicato de potássio, reaplicando 3 vezes, com intervalos de 40 dias.
O CAT Uberaba avaliou os efeitos do silício, via foliar, associado à fungicida, em diferentes estágios de desenvolvimento da lavoura de soja. Foram usadas duas fontes de silicato de potássio em comparação com a testemunha que somente recebeu fungicida. As outras parcelas pesquisadas receberam uma interação entre os dois produtos mais fungicida. Os resultados foram medidos em termos de grãos ardidos, peso de mil grãos e produtividade. A soja respondeu aos tratamentos contendo os produtos mais fungicida com aumentos superiores a 150% em relação à testemunha cuja produção foi de 20 sc/ha. O peso de 1.000 grãos foi superior em 30% ao da testemunha. A aplicação de sílica foliar possibilitou a redução do número de aplicações de fungicidas na soja.
Um outro experimento realizado pelo CAT Uberlândia foi a aplicação de silício no sulco de semeadura do milho. O silício foi aplicado junto com o adubo misturado na caixa de fertilizantes. O silício foi utilizado na forma de silicato granulado em dosagens de 0, 50, 100, 150, 200, 250 kg/ha. A testemunha apresentou uma taxa de acamamento de 12,9% e a medida que aumentava a dose de silicato, a taxa de acamamento ia diminuindo. A melhor dose, neste caso, foi de 150 kg/ha. A partir desta dose não houve resposta, com a taxa de acamamento mantendo-se a mesma. No que diz respeito ao aumento de produtividade do milho, a melhor dosagem foi de 200 kg/ha, ou seja, uma produção de 10 sc/ha a mais do que a testemunha. O solo era de alta fertilidade.
O uso do silício na soja tem apresentado ótimos resultados na pesquisa, pelo aumento da resistência das plantas às doenças. A aplicação de silício tem apresentado redução da severidade da ferrugem asiática. A aplicação de silicatos mais fungicidas tem proporcionado melhor controle da doença. Entretanto, a aplicação deve ser preventiva. Após o aparecimento dos sintomas, somente deve ser feita aplicação com fungicida. O silício forma uma barreira física, uma camada protetora nas folhas que impede a penetração do fungo. Além disto, parece que com silício diminui o efeito fitotóxico de herbicidas. O uso de silicatos mostra que não há redução da eficiência dos herbicidas. Uma aplicação de silicato deve ser feita nos estágios V4 a V6: uma aplicação no pré-florescimento: uma aplicação no estágio de enchimento dos grãos. A dosagem depende do produto e da recomendação do técnico responsável.
Diversas culturas como, trigo, soja, milho, algodão arroz irrigado, cana-de-açúcar podem ser beneficiadas com o uso do silício. O efeito é maior em solos adubados com nitrogênio e que apresentam baixos teores de silício disponível para as plantas. Aumentos de produtividade, altura da planta, matéria seca (parte aérea e raízes) são constatados no trigo, soja, arroz. No algodão verifica-se um crescimento mais rápido da planta, um aumento no número e no tamanho dos capulhos, dos ramos frutíferos, e um aumento na percentagem de fibras. No arroz, há um aumento no número de grãos e panículas, e uma diminuição da esterilidade. Na soja, o número de vagens aumenta. No arroz irrigado, há um aumento do poder de oxidação das raízes. Na cana-de-açúcar ocorre um aumento no comprimento e diâmetro dos colmos, no número de perfilhos, e na produtividade. Os estresses das plantas são reduzidos com a aplicação de silício devido a interação dele com os outros nutrientes. A toxidez do ferro, zinco, manganês, sódio e alumínio pode ser minimizada ou evitada com a aplicação de silicatos. Em solos ácidos, a toxidez pelo alumínio é um estresse muito alto para as plantas.
Nolla, A. et al., verificaram que a aplicação de silicato de cálcio na lavoura de soja reduziu, significativamente, o nível de severidade de Cercospora sojina aos 47, 66, 79 dias após a emergência. Por outro lado, a aplicação de calcário foi menos eficiente que o silicato de cálcio no controle da Cercospora sojina.
Fonte: Agronomiacomgismonti
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