A palma
forrageira é o alimento mais utilizado pelos produtores na Bacia Leiteira de
Batalha, principalmente na época do verão. É o único volumoso que mantém seu
valor nutritivo mesmo sem parar de crescer.
A espécie
mais cultivada é a palma doce ou miúda (Nopalea cochenilifera) cujas raquetes
alongadas possuem em média 25 cm de comprimento. É a menos resistente à falta
de água mas é a mais palatável e nutritiva.
Também
são cultivadas embora em pequena escala, a palma gigante (Opuntia ficusindica)
com raquetes em forma oval com até 50 cm de comprimento e a palma redonda
(Opuntia sp) com 40 cm de comprimento em formas arredondadas.
A palma é
resistente à falta de chuvas, armazena uma grande quantidade de água e tem alta
digestibilidade. Há produtores rurais que conseguem até 30 toneladas de matéria
seca de palma em apenas um hectare, o que significa a produção de
aproximadamente 300 toneladas de palma a cada dois anos.
Em média,
cada vaca consome aproximadamente 50 kg de palma por dia, ou seja, 5 kg de
matéria seca. Mas a palma não deve ser o único alimento oferecido para as vacas
por ter baixo teor de fibras e pode levar a uma diarréia. O restante é
complementado com outros volumosos, como pastos secos, silagens de milho ou
sorgo, feno, palhadas de restos de culturas, bagaço de cana, farelo de soja,
torta de algodão para enriquecimento protéico e para evitar a ocorrência de
diarréia.
A palma é
uma planta que exige solo de qualidade para ter bom rendimento. Uma boa fonte
de nutrientes, o esterco de curral, é muitas vezes desprezado por produtores
que desconhecem o potencial deste adubo orgânico, capaz de duplicar a
produtividade de palma por hectare. A falta de conhecimento leva muitos
pecuaristas a venderem grandes quantidades do adubo orgânico para produtores de
fumo e hortaliças.
A
produção obtida em um hectare de palma adensada (sistema onde se utiliza os
espaçamentos entre fileiras e raquetes, menores que os normalmente usados pelos
agricultores, ou seja, numa mesma área pode se plantar quantidade maior de
raquetes) é de aproximadamente 300 toneladas a cada dois anos, o que permite
alimentar, no período de seca, 30 vacas durante 180 dias com um consumo médio
diário de 50 kg de palma por vaca.
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