sábado, 23 de junho de 2012

A importância da utilização da palma forrageira como alimento para o gado, principalmente na época do verão.

A palma forrageira é o alimento mais utilizado pelos produtores na Bacia Leiteira de Batalha, principalmente na época do verão. É o único volumoso que mantém seu valor nutritivo mesmo sem parar de crescer.
A espécie mais cultivada é a palma doce ou miúda (Nopalea cochenilifera) cujas raquetes alongadas possuem em média 25 cm de comprimento. É a menos resistente à falta de água mas é a mais palatável e nutritiva.
Também são cultivadas embora em pequena escala, a palma gigante (Opuntia ficusindica) com raquetes em forma oval com até 50 cm de comprimento e a palma redonda (Opuntia sp) com 40 cm de comprimento em formas arredondadas.
A palma é resistente à falta de chuvas, armazena uma grande quantidade de água e tem alta digestibilidade. Há produtores rurais que conseguem até 30 toneladas de matéria seca de palma em apenas um hectare, o que significa a produção de aproximadamente 300 toneladas de palma a cada dois anos.
Em média, cada vaca consome aproximadamente 50 kg de palma por dia, ou seja, 5 kg de matéria seca. Mas a palma não deve ser o único alimento oferecido para as vacas por ter baixo teor de fibras e pode levar a uma diarréia. O restante é complementado com outros volumosos, como pastos secos, silagens de milho ou sorgo, feno, palhadas de restos de culturas, bagaço de cana, farelo de soja, torta de algodão para enriquecimento protéico e para evitar a ocorrência de diarréia.
A palma é uma planta que exige solo de qualidade para ter bom rendimento. Uma boa fonte de nutrientes, o esterco de curral, é muitas vezes desprezado por produtores que desconhecem o potencial deste adubo orgânico, capaz de duplicar a produtividade de palma por hectare. A falta de conhecimento leva muitos pecuaristas a venderem grandes quantidades do adubo orgânico para produtores de fumo e hortaliças.
A produção obtida em um hectare de palma adensada (sistema onde se utiliza os espaçamentos entre fileiras e raquetes, menores que os normalmente usados pelos agricultores, ou seja, numa mesma área pode se plantar quantidade maior de raquetes) é de aproximadamente 300 toneladas a cada dois anos, o que permite alimentar, no período de seca, 30 vacas durante 180 dias com um consumo médio diário de 50 kg de palma por vaca.

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