3. ALIMENTOS
CONCENTRADOS
3.1 Milho
Segundo TEIXEIRA
(1998) o milho, dentre os grãos de cereais é o mais largamente empregado, rico
em energia e pobre em proteína, principalmente lisina. É rico em pró-vitamina A
(betacaroteno) e pigmentantes (xantofila). Baixos teores de triptofano, lisina,
cálcio, riboflavina, niacina e vitamina D (LANA, 2000). A parte principal da
planta é a espiga composta de 70% de grãos, 20% de sabugo e 10% de palhas. O
milho pode ser usado de diversas formas como fonte volumosa ou concentrado
energético. É considerado alimento concentrado energético padrão.
· ROLÃO DO MILHO - é constituído da palhada do milho depois de feita a colheita das espigas. Contudo pode ser feito de toda a planta, incluindo a espiga, tornando-o mais rico em nutriente, usado como fonte volumosa na dieta de ruminantes;
· SILAGEM DE MILHO - é uma excelente cultura para confecção de silagem por apresentar boa produção forragem por área e boa quantidade de açucares para produção de ácido lático, fundamental para o processo. É fonte volumosa para ruminantes;
· PALHADAS e SABUGOS - é um resíduo da colheita do grão que pode ser utilizado como fonte de fibra na dieta de ruminantes, é de baixo valor nutritivo;
· MILHO DESINTEGRADO COM PALHA E SABUGO (MDPS) - é obtido pela moagem das espigas inteiras, é fonte energética na dieta de ruminantes, apresenta menor valor nutritivo do que o milho grão é rico em fibra;
· MILHO GRÃO - constitui a base energética da dieta de várias espécies animais, deve ser isento de fungos, micotoxinas, pesticidas, sementes tóxicas. É composto de amido (60%), casca (6,5%), glúten (10%), gérmen (8,5%), água (15%). O processamento do grão pode alterar o seu valor nutritivo pela moagem, gelatinização, floculação e laminação, mudando o local e a intensidade de digestão.
· FARELO DE GLÚTEN DE MILHO 60 - é o resíduo seco de milho após a remoção da maior parte do amido e do gérmen, e da separação do farelo pelo processo empregado nas fabricações do amido de milho ou do xarope, por via úmida, ou ainda, pelo tratamento enzimático do endosperma. Ë uma excelente fonte de proteína (e proteína não degradada no rúmen) e energia, não é muito palatável (TEIXEIRA, 1997). Como nome comercial é conhecido por protenose ou glutenose.
· FARELO DE GLÚTEN DE MILHO 22 - é a parte da membrana externa do grão de milho que fica após a extração da maior parte do amido, do glúten e do gérmen pelo processo empregado na produção do amido, ou do xarope por via úmida. Pode conter extrativos fermentados do milho e/ou farelo de gérmen de milho. É uma boa fonte de proteína (aproximadamente 22%, de alta degradabilidade ruminal) e energia comparável ao do sorgo, tem média palatabilidade (TEIXEIRA, 1997). Como nome comercial é conhecido por promil ou refinazil.
· ROLÃO DO MILHO - é constituído da palhada do milho depois de feita a colheita das espigas. Contudo pode ser feito de toda a planta, incluindo a espiga, tornando-o mais rico em nutriente, usado como fonte volumosa na dieta de ruminantes;
· SILAGEM DE MILHO - é uma excelente cultura para confecção de silagem por apresentar boa produção forragem por área e boa quantidade de açucares para produção de ácido lático, fundamental para o processo. É fonte volumosa para ruminantes;
· PALHADAS e SABUGOS - é um resíduo da colheita do grão que pode ser utilizado como fonte de fibra na dieta de ruminantes, é de baixo valor nutritivo;
· MILHO DESINTEGRADO COM PALHA E SABUGO (MDPS) - é obtido pela moagem das espigas inteiras, é fonte energética na dieta de ruminantes, apresenta menor valor nutritivo do que o milho grão é rico em fibra;
· MILHO GRÃO - constitui a base energética da dieta de várias espécies animais, deve ser isento de fungos, micotoxinas, pesticidas, sementes tóxicas. É composto de amido (60%), casca (6,5%), glúten (10%), gérmen (8,5%), água (15%). O processamento do grão pode alterar o seu valor nutritivo pela moagem, gelatinização, floculação e laminação, mudando o local e a intensidade de digestão.
· FARELO DE GLÚTEN DE MILHO 60 - é o resíduo seco de milho após a remoção da maior parte do amido e do gérmen, e da separação do farelo pelo processo empregado nas fabricações do amido de milho ou do xarope, por via úmida, ou ainda, pelo tratamento enzimático do endosperma. Ë uma excelente fonte de proteína (e proteína não degradada no rúmen) e energia, não é muito palatável (TEIXEIRA, 1997). Como nome comercial é conhecido por protenose ou glutenose.
· FARELO DE GLÚTEN DE MILHO 22 - é a parte da membrana externa do grão de milho que fica após a extração da maior parte do amido, do glúten e do gérmen pelo processo empregado na produção do amido, ou do xarope por via úmida. Pode conter extrativos fermentados do milho e/ou farelo de gérmen de milho. É uma boa fonte de proteína (aproximadamente 22%, de alta degradabilidade ruminal) e energia comparável ao do sorgo, tem média palatabilidade (TEIXEIRA, 1997). Como nome comercial é conhecido por promil ou refinazil.
3.2 Sorgo
Segundo TEIXEIRA
(1998) o sorgo pode ser utilizado para produção de forragem ou de grãos para
alimentação animal. O sorgo vassoura é cultivado para a indústria de vassouras.
Pode ser utilizado para processamento industrial como o milho, produzindo o
amido, açúcar e óleo. Algumas variedades de sorgo apresentam em seu pericarpo
substâncias amargas denominadas taninos, que é responsável por inibição de
algumas enzimas no sistema digestivo, interferindo no metabolismo de proteínas
e carboidratos, diminuindo sua digestibilidade e conseqüentemente a resposta
animal. O ácido tânico quando presente nas dietas combina com grupamentos metil
da metionina e colina, provocando redução nas disponibilidades destes compostos
reduzindo a taxa de crescimento. Pode também inibir a ação da tripsina.O grão
de sorgo destinado ao consumo animal deve ser isento de fungos, micotoxinas, sementes
tóxicas, pesticidas, conter no máximo 1% de taninos, expresso em ácido tânico
(ANFAR, 1985). O grão apresenta composição semelhante à do milho, com pouco
menos de energia e pouco mais de proteína, que varia de 9 a 13%, dependendo da
variedade. Tem baixo teor de caroteno, pigmentos xantofílicos, isoleucina e
leucina. Deve ser fornecido triturado ou moído devido à baixa digestibilidade
do grão inteiro (LANA, 2000).
3.3 Trigo
Segundo TEIXEIRA
(1998) é de interesse para alimentação animal os subprodutos da indústria
moageira como:
· triguilho, que contém grãos pequenos e quebrados de trigos e grãos chochos resultantes da limpeza do cereal antes da moagem, sua composição é bastante variável.
· farelo de trigo, é um subproduto que consiste principalmente do tegumento que envolve o grão, possui relativo teor de fibra e em excesso é laxativo, pode ser composto também do farelinho de trigo que diminui o valor nutritivo o produto. É rico em niacina, tiamina, fósforo e ferros e pobre em caroteno e pigmentantes.
· triguilho, que contém grãos pequenos e quebrados de trigos e grãos chochos resultantes da limpeza do cereal antes da moagem, sua composição é bastante variável.
· farelo de trigo, é um subproduto que consiste principalmente do tegumento que envolve o grão, possui relativo teor de fibra e em excesso é laxativo, pode ser composto também do farelinho de trigo que diminui o valor nutritivo o produto. É rico em niacina, tiamina, fósforo e ferros e pobre em caroteno e pigmentantes.
3.4 Arroz
Segundo TEIXEIRA
(1998) o seu uso para alimentação animal é quase que exclusivamente de seus
subprodutos:
· quirera de arroz, constituída por grãos sem casca, quebrados, tem valor nutritivo um pouco inferior ao do milho;
· casca de arroz, tem alto teor de sílica e lignina com baixa digestibilidade e valor nutritivo, em muitos casos é moída e adicionada ao farelo de arroz diminuindo seu valor nutritivo, segundo LANA (2000) pode ser usada por ruminantes em até 20% da ração;
· farelo de arroz integral, proveniente do beneficiamento do arroz para o consumo humano, constituído por tegumentos que envolvem o grão, tem que ser utilizado fresco ou estabilizado com antioxidante devido ao seu alto teor de gordura, segundo LANA (2000) é pobre em Ca e rico em P, tiamina, riboflavina e niacina;
· farelo de arroz desengordurado, é proveniente da extração industrial do óleo do farelo de arroz integral.
· quirera de arroz, constituída por grãos sem casca, quebrados, tem valor nutritivo um pouco inferior ao do milho;
· casca de arroz, tem alto teor de sílica e lignina com baixa digestibilidade e valor nutritivo, em muitos casos é moída e adicionada ao farelo de arroz diminuindo seu valor nutritivo, segundo LANA (2000) pode ser usada por ruminantes em até 20% da ração;
· farelo de arroz integral, proveniente do beneficiamento do arroz para o consumo humano, constituído por tegumentos que envolvem o grão, tem que ser utilizado fresco ou estabilizado com antioxidante devido ao seu alto teor de gordura, segundo LANA (2000) é pobre em Ca e rico em P, tiamina, riboflavina e niacina;
· farelo de arroz desengordurado, é proveniente da extração industrial do óleo do farelo de arroz integral.
3.5 Mandioca
Segundo TEIXEIRA
(1998) a mandioca tem a grande vantagem de poder ser utilizada integralmente
como alimento, inclusive a parte vegetativa, in natura ou na forma desidratada
e moída e para produção de concentrado protéico (LANA, 2000). O valor nutritivo
do farelo de ramas e hastes desidratadas se aproxima à da alfafa. Pode ser
fornecida na forma de planta inteira ou só a raiz picada e secada na foram de
raspas, além do uso na forma de farelos e farinhas. É pobre em proteína
necessitando sua complementação. Como concentrado energético pode ser à base da
dieta. Nas cascas e raízes inteiras das mandiocas chamadas bravas, existe o
ácido cianídrico (HCN) com teores variando de 0,02 a 0,03%. Estes efeitos
tóxicos podem ser evitados pela desidratação da mandioca, que consiste em
picá-la e deixá-la espalhada ao ar livre por 24 horas. Nas variedades mansas o
teor de HCN não passa de 0,005%.
As raízes frescas
são ricas em amido e pobre nos outros nutrientes, tem limitação devido ao
glicosídeo cianogênico e a linamarina que são convertidos a HCN. A raiz fresca
é recomendada de 2 a 3% do peso do animal/dia. A raspa de mandioca moída não
tem caroteno e é deficiente em proteína, metionina e pigmentantes (LANA, 2000).
3.6 Polpa cítrica
Segundo TEIXEIRA
(1997) a polpa de citrus seca e peletizada é um sub-produto da indústria de
processamento de laranja, constituída de cascas, polpa de frutos inteiros
descartados. Contém aproximadamente 6% de PB, 11% de fibra bruta, 70 a 75% de
NDT. É uma boa fonte de fibra digestível (pectina) e energia, devendo-se cuidar
com o cálcio, pois pode chegar a ter 2%. Pode ser usado como base energética de
dieta de bovinos. O alto teor de cálcio é devido à adição de cal para separar a
água. As fontes de cal podem apresentar dioxina, substância cancerígena que
pode ser transmitida ao homem pelo leite e carne contaminados (LANA, 2000).
3.7 Soja
Segundo TEIXEIRA
(1998) a soja é uma das mais importantes culturas para produção de grãos
destinados a industria para obtenção do óleo e o farelo. Pode ser usada na
alimentação animal na forma de semente, casca ou farelo. A semente é rica fonte
de proteína (38 a 39%), energia (18% de óleo). Quando da utilização da semente
crua, deve-se evitar a utilização conjunta da uréia, em virtude da urease
contida nas sementes desdobrar a uréia em amônia. Quando o grão é tostado
torna-se excelente fonte de proteína não degradada no rúmen além de destruir a
urease. A soja crua possui ainda outros fatores antinutricionais divididos em
termolábeis, que são destruídos pelo calor, e os termoestáveis, que não são
destruídos pelo calor. Entre os termolábeis estão presentes os inibidores de
proteases, sojina, que provocam redução de crescimento e hipertrofia de
pâncreas; lecitinas, que se ligam a carboidratos e glicoproteínas, são
hemaglutinantes e deprimem ingestão de alimentos e o crescimento; fatores
bociogênicos, provocando aumento da tireóide; fatores antivitamínicos que
aumentam os requisitos de vitaminas D3, B12 e E; antiminerais, pela presença do
ácido fítico, aumentando a necessidade de cálcio, zinco, cobre e ferro. Entre os
fatores termoestáveis estão as isoflavanas, substâncias estrogênicas; fatores
de flatulência, sacarose, rafinose e amilose, que provocam náuseas, gases,
diarréia e cólica; fatores alergênicos, glicinina e conglicinina provocam
distúrbios gastrintestinais e alergias; lisinoalanina, resultante da extração
alcalina da soja que provoca lesões renais em ratos (GONÇALVES e BORGES, 1997).
A urease é destruída pelo aquecimento (tostagem), e a sojina, pelo aquecimento
e os microrganismos do rúmen. O grão quando triturado fornecer rapidamente para
evitar para evitar rancificação (LANA, 2000).
O farelo de soja é
o subproduto obtido após a extração do óleo do grão da soja para consumo
humano. Dependendo do processo de extração (solvente ou expeller) o farelo pode
ter de 44 a 48% de proteína. A proteína do farelo na forma de expeller é menos
degradável no rúmen que a obtida de solvente. É considerado o melhor alimento
protéico, tem altos níveis de proteína de boa qualidade, energia e
palatabilidade.
3.8 Algodão
Segundo TEIXEIRA
(1998) a cultura do algodão é cultivada para obtenção da fibra, suas sementes
são aproveitadas para extração do óleo alimentício, de cujo processo resulta o
farelo de algodão, que representa a segunda mais importante fonte de proteína
disponível para alimentação animal. Possui de 30 a 38% de PB, boa
palatabilidade, e pode substituir totalmente o farelo soja em dietas de vacas,
apesar de apresentar o problema do gossipol em níveis que não afetam a vaca a
não ser quando utilizado em conjunto com o caroço de algodão. É rico em fósforo
e pobre em lisina, triptofano, vitamina D e pró-vitamina A (LANA, 2000). O
caroço de algodão é um alimento com moderado nível de proteína, alta gordura,
fibra e energia. Pode ser encontrado com línter ou deslintado, que possui um
pouco mais de energia e proteína. Devido a sazonalidade de sua produção deve
ser armazenado em lugar limpo, seco. Sua utilização inteiro apresenta melhores
resultados que na forma moída ou triturada (TEIXEIRA, 1997).
Os problemas
provocados pelo uso de farelo de algodão e caroço são atribuídos ao gossipol e
aos ácidos graxos ciclopropenóides. O gossipol é um alcalóide polifenólico de
cor amarela encontrado nas sementes em formas de grânulos. Os ácidos graxos
ciclopropenóides são encontrados no óleo contido nas sementes que causa
diminuição da fertilidade do touro e da vaca (LANA, 2000). Segundo SANTOS
(1997) os sinais de intoxicação do gossipol incluem dispnéia, diminuição da
taxa de crescimento e anorexia. Em fêmeas ruminantes estudos in vitro há um
comprometimento no desenvolvimento de embriões e produção de progesterona por
células luteínicas, mas in vivo no que se refere à fertilidade, ciclicidade e
morfologia de ovários não houve efeitos do gossipol devido à capacidade de
detoxificação. Nos machos o gossipol provoca alterações específicas sobre a
cauda do espermatozóide, aumento do diâmetro do lúmen dos túbulos seminíferos,
diminuição de camadas celulares e epitélio seminífero e do tamanho das células
de Sertoli, o estudo mostrou que após voltar à dieta controle sem farelo e
caroço de algodão ocorreu reversibilidade dos efeitos no epitélio
seminífero.
3.9 Farelo de
Girassol
Segundo TEIXEIRA
(1998) o farelo de girassol é resultante da moagem das sementes de girassol no
processo industrial para extração de seu óleo para consumo humano. Nele é
permitido a detecção de cascas de girassol, desde que não ultrapasse o nível
máximo estipulado para fibra bruta (15%). É adequado suplemento protéico
apresentando boa apetecibilidade pelos ruminantes. O teor de proteína bruta
varia de 28 a 45%, mas é deficiente em lisina.
3.10 Farelo de
amendoim
Segundo TEIXEIRA
(1998) o amendoim é cultivado em larga escala em muitos países, inclusive no
Brasil, principalmente para ser empregado na alimentação humana, produção de
óleo e de manteiga. Da indústria do óleo resulta o farelo, que é um suplemento
protéico para alimentação animal. Quando proveniente por processos vindo do
amendoim descascado e desticulado, tem seu valor nutritivo muito próximo ao
farelo de soja e superior ao do algodão. É pobre em Ca, caroteno e metionina,
triptofano e lisina e é rico em niacina e ácido pantotênico (LANA, 2000). Um
sério problema enfrentado neste farelo é sua freqüente contaminação por fungos
produtores de micotoxina. Quando a estocagem é feita em ambiente favorável de
temperatura e umidade, ocorre condição ótima para desenvolvimento de fungos.
Seu teor de aflatoxina deve ser declarado para comercialização de no máximo 0,5
ppm (ANFAR, 1985).
3.11 Farinha de
carne e ossos
Segundo TEIXEIRA
(1998) é produzida em graxaria de frigoríficos a partir de ossos e com resíduos
de tecidos de animais após desossa completa da carcaça de bovinos e/ou suínos.
Não deve conter cascos chifres, pêlos, conteúdo estomacal, sangue e outras
matérias estranhas. A maior participação de restos de carne em relação ao
conteúdo de ossos determinará o teor protéico, de cálcio e de fósforo do
produto. Contêm cerca de 54% de PB, sendo aproximadamente 50% não degradada no
rúmen. Não é palatável devendo ser introduzida gradativamente na dieta
(TEIXEIRA, 1997). De acordo com a Portaria no. 365 de 03/07/96 do Ministério da
Agricultura está proibido o uso de farinha de carne e ossos e proteína in
natura oriunda de ruminantes nas rações desses animais. Segundo LANA (2000) os
teores de proteína bruta varia de 40 a 55%, e a relação Ca:P deve ser de no
máximo 2,2:1. Possui P maior que 3,8%.
3.12 Farinha de
peixe
Segundo TEIXEIRA
(1997) é um sub-produto da industrialização de pescados, contém mais de 60%
de PB da qual 65% não é degradada no rúmen. Tem excelente balanço de
aminoácidos, sendo rica em metionina e lisina. Entretanto, considerável
variação na degradabilidade ruminal ocorre devido a diferentes métodos de
processamento. É rica em cálcio e fósforo e por causa do odor e gosto, a
aceitabilidade pode ser problema, necessitando adaptação, pode ter também
elevado teor de cloreto de sódio, não podendo exceder 7% do produto (TEIXEIRA,
1998).
3.13 Farinha de
sangue
Segundo TEIXIERA
(1997) é um produto constituído de sangue coagulado, seco e moído, na forma de
farinha. É rica em proteína bruta (80%) com alto nível de proteína não
degradável no rúmen (acima de 80%), sendo fonte de aminoácidos de excelente
qualidade. Entretanto o método de processamento pode afetar a qualidade do
produto, diminuindo a disponibilidade de aminoácidos, fato que pode ocorrer
também com outros produtos que sofrem tratamento térmico. Segundo LANA (2000)
sua proteína é de baixa qualidade (pequena concentração de isoleucina), pobre
em vitaminas e baixa palatabilidade. Deve ter no máximo 11% de umidade, pois
pode ocorrer contaminação microbiana. De acordo com o Ministério da Agricultura
está proibido o uso deste alimento nas rações desses animais.
3.14 Cama de frango
Segundo TEIXEIRA
(1998) a cama de frango é uma mistura de substrato, comumente chamado de cama,
de fezes, pena de aves e restos de ração. Sua composição química varia de
acordo com o tipo de cama, densidade das aves no galinheiro que a produziram,
tipo de alimentação, manejo da cama, tempo de armazenagem e altura da cama.
Contudo, apresenta de 19 a 25% de proteína bruta, sendo que 40 a 44% dela é
constituída de proteína verdadeira e 60% de NDT. Apresenta boa aceitabilidade
pelos animais e normalmente é fornecida como substituto de farelo protéicos -
algodão e soja - na proporção de 40 a 60% da ração concentrada para bovinos de
corte. De acordo com o Ministério da Agricultura está proibido o uso deste
alimento nas rações desses animais
3.15 Sebo
Segundo TEIXEIRA
(1997) o sebo é 100% gordura e não supri outro nutriente para a ração a não ser
a energia, apresentando alta densidade energética (177% NDT). Segundo LANA
(2000) não ultrapassar o nível de 5% de extrato etéreo na dieta de bovinos de
corte, por causar diminuição da digestibilidade da fibra. De acordo com o
Ministério da Agricultura está proibido o uso deste alimento nas rações desses
animais
3.16 Uréia
Segundo TEIXEIRA
(1998) a uréia é um composto quaternário, constituído por nitrogênio (46,4%),
carbono, oxigênio e hidrogênio, de cor branca cristalina e de sabor amargo,
solúvel em água e álcool. Sua síntese industrial se faz a partir do gás metano
submetido à temperatura superior a 1000 graus.
A uréia é utilizada
pelos ruminantes como fonte protéica, ao atingir o rúmen do animal, é
imediatamente degradada pela ação da enzima urease produzida pelas bactérias
ruminais, formando o gás carbônico e amônia. Determinadas bactérias promovem a
combinação de amônia com os esqueletos de carbono (cetoácidos) resultantes da
degradação de carboidratos, sintetizando aminoácidos que são utilizados na
constituição de sua proteína. As bactérias do rúmen (proteína microbiana)
sofrem hidrólise no intestino delgado com formação de aminoácidos que são
absorvidos e vão ser utilizados como fonte protéica para o animal. Seu valor
protéico é de 290% (46,4% de N x 6,25).
Deve ser feita uma
adaptação no seu fornecimento para que não ocorra intoxicação, sendo na
primeira quinzena 33% do total ou 13g/100kg de peso vivo; na segunda quinzena
66% do total ou 26g/100kg de peso vivo; a partir da terceira quinzena 100% do
total ou 40g/100kg de peso vivo, sendo usado este limite por animal por dia.
Pode ser usado 50g de uréia/100kg de peso vivo, quando se usa amido (cereais)
na dieta e o fornecimento é feito parcelado durante todo o dia. O fornecimento
deve ser contínuo, pois os animais perdem a adaptação em 3 dias, tendo que
fazer nova adaptação caso haja interrupção desta. Os níveis de intoxicação
causados pelo excesso de amônia começam a aparecer quando o nível de nitrogênio
amoniacal alcança valores de 1mg/100ml de sangue e o pH ruminal chega a 8. A
capacidade do fígado em converter a amônia absorvida do rúmen em uréia, está em
torno de 84 mg de nitrogênio amoniacal/100ml de fluído ruminal.
USOS:
· Volumosos secos (70 a 90% de matéria seca (MS)): até 2% de uréia
· Volumosos úmidos (20 a 40% de MS): até 1% de uréia
· Ensilagem: até 1% de uréia
· Cana-de-açúcar (15 primeiros dias): 0,5% de uréia
· Cana-de-açúcar (após 15 dias): 1% de uréia
· Mistura mineral: de 10 a 40%
· Mistura múltipla: de 2 a 20%
· Melaço: 9kg de melaço + 1kg de uréia
· Ração concentrada: até 3% de uréia
· Volumosos secos (70 a 90% de matéria seca (MS)): até 2% de uréia
· Volumosos úmidos (20 a 40% de MS): até 1% de uréia
· Ensilagem: até 1% de uréia
· Cana-de-açúcar (15 primeiros dias): 0,5% de uréia
· Cana-de-açúcar (após 15 dias): 1% de uréia
· Mistura mineral: de 10 a 40%
· Mistura múltipla: de 2 a 20%
· Melaço: 9kg de melaço + 1kg de uréia
· Ração concentrada: até 3% de uréia
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