Fotossíntese
As
reações dependentes de luz ocorrem na membrana do tilacóide e envolvem
processos semelhantes ao transporte de elétrons e fosforilação oxidativa da
mitocôndria. As reações independentes de luz ocorrem no estroma.
Os
primeiros estudos de fotossíntese realizados levaram à conclusão de que CO2
era a fonte do O2 gerado na fotossíntese. Em 1931, entretanto,
demonstrou-se que bactérias fotossintetizantes anaeróbicas, sintetizam glicose a
partir de CO2, sem gerar O2:
O principal fotorreceptor na fotossíntese é a clorofila. A luz absorvida pelas clorofilas antena e pigmentos acessórios é transferida para centros de reação fotossintéticos, onde ocorrem as principais reações da fotossíntese. Plantas e cianobactérias utilizam o poder redutor gerado pela oxidação de H2O dirigida pela luz para produzir NADPH.
Quando
a molécula da Clorofila ou outra substância absorve um fóton, um elétron é
excitado de uma orbital molecular para outra de mais elevada energia.
A
maioria das células fotossintéticas absorve na zona de energia entre 450-700
nm, mas algumas bactérias podem usar as regiões entre 800 e 900 nm. As
organelas onde se processa a fotossíntese são os Cloroplastos que apresentam 5
mm de comprimento.
Apresenta duas membranas uma interior e outra
exterior entre as quais existe um espaço. A membrana interior envolve um Estroma,
contendo enzimas solúveis e sacos achatados chamados Tilacóides formados
por membranas, as membranas Tilacóides.
Uma pilha de tilacóides designa-se por Granum. Os
cloroplastos têm então:
Três tipos de membranas: exterior, interior e
tilacóide.
Três tipos de espaços: intermembrana, estroma e
espaço tilacóide.
A produção de O2
na fotossíntese requer 2 fotossistemas: Fotossistema I (P700) gera um
forte agente redutor, capaz de reduzir NADP+, e concomitantemente,
um oxidante fraco; Fotossistema II (P680) gera um forte agente oxidante,
capaz de oxidar H2O, e concomitantemente, um redutor fraco. O
redutor fraco reduz o oxidante fraco. Assim, fotossistemas I e II precisam
funcionar em série para acoplar a oxidação da H2O com a redução de
NADP+ (transferência de elétrons de H2O para NADP+,
formando O2 e NADPH + H+).
ÁGUA
Considerações Gerais
Na agricultura irrigada, o
fator “água” deve ser otimizado possibilitando, sem maiores riscos,
aumentar a utilização dos demais fatores de produção e, por conseqüência,
obter-se maiores produtividades com uma melhor combinação dos insumos
empregados. Para tanto, o conhecimento das funções de produção ou superfícies
de resposta é fundamental para auxiliar nas decisões, haja vista que estas
funções possibilitam determinar as interações entre os diversos fatores que
afetam a produtividade, e escolher as soluções mais condizentes com a realidade
regional, permitindo assim o manejo racional da irrigação em bases técnicas e
econômicas.
Ao manejar, de forma
racional, qualquer projeto de irrigação, deve-se considerar os aspectos sociais
e ecológicos da região e procurar maximizar a produtividade e a eficiência de
uso de água e minimizar os custo, quer de mão-de-obra, quer de capital, de
forma a tornar lucrativa utilização da irrigação. Ou seja, não se deve fazer
irrigação só para dizer que se estar fazendo agricultura irrigada, mas sim com
o objetivo de aumentar o lucro, com o aumento da produtividade, quer em
quantidade, quer em qualidade, ou com o objetivo de incorporar à agricultura terras
que sem o uso da irrigação não seria possível serem cultivadas.
Existem muitas evidências
no mundo de que grandes áreas, após os benefícios iniciais da irrigação, têm-se
tornado impróprias à agricultura. Apesar de seus imensos benefícios, ela tem
criado impactos ambientais adversos ao solo, à disponibilidade e qualidade da
água, à saúde pública, à fauna e flora, e, em alguns casos, às condições
sócio-econômicas da população local.
Quanto aos aspectos
ecológicos, tanto a total desconsideração como as supervalorizações dos
impactos ambientais não são benéficas ao desenvolvimento sustentado da
irrigação. Devemos envidar esforços para a obtenção de dados confiáveis que
permitam quantificar, com precisão, a magnitude do impacto ambiental ocasionado
pela irrigação, de modo que possam ser considerados na execução e manejo dos
projetos. Procedendo assim, teremos um crescimento sustentável da irrigação,
evitando que seja baseado exclusivamente em benefícios financeiros de curto
prazo, que trazem sérios problemas ao meio ambiente.
Não concordamos com
aqueles que preconizam a paralisação do desenvolvimento de novos projetos de
irrigação, em virtude de possíveis problemas ecológicos, mas também não podemos
concordar com os que desconsideram totalmente os impactos ambientais
relacionados com esses projetos e se apóiam somente na relação financeira entre
beneficio e custo. Ambos os lados analisam, exclusivamente, uma única face do
problema. Acreditamos que, na maioria dos casos, é possível compatibilizar
desenvolvimento da irrigação com proteção do meio ambiente. A irrigação no Brasil, infelizmente, ainda não
esta sendo praticada com boa eficiência. Todavia, com a competição cada vez
maior por “água”, pelos vários setores da sociedade, associada aos
movimentos ecológicos, conscientizando a população da importância de um meio
ambiente mais saudável e menos poluído, haverá, sem dúvida, pressão para que a
irrigação seja conduzida com maior eficiência, de modo que cause o mínimo de
impacto possível no meio ambiente, notadamente no que se diz respeito à
disponibilidade e qualidade da “água” para as múltiplas atividades.
Deste modo, cada vez mais,
torna-se de grande importância a conscientização da sociedade sobre a
necessidade de se usar de forma racional os recursos hídricos. E que o direito
de utilização da água encrue também a responsabilidade de usá-la de forma
adequada.
Assim sendo, cada vez
mais, os técnicos que tratam desse assunto deverão ter obrigação de tomar
cuidado para que a irrigação no país não seja implementada de forma
atabalhoada, e que seus benefícios não sejam ilusórios ou momentâneos, mas sob
enfoque de desenvolvimento sustentado, de modo que gere benefícios a curto, a
médio e a longo prazo, sem degradar o solo e o meio ambiente. Precisa-se,
também, conscientizar a população de que “água” é um bem nobre, com
disponibilidade cada vez mais limitada e de uso múltiplo.
Nutrição de plantas
NITROGÊNIO
Dependendo
da espécie de planta, do estádio de desenvolvimento e do órgão a quantidade
para o crescimento ótimo varia entre 2 a 5% do peso da planta. Quando o
suprimento está abaixo do ótimo, o crescimento é retardado e o nitrogênio é
remobilizado das folhas mais velhas para as mais novas (regiões de crescimento).
Neste caso, os sintomas típicos de deficiência de nitrogênio podem ser
observados. Um aumento no teor de nitrogênio não somente decresce a senescência
e estimula o crescimento, mas também altera a morfologia da planta de maneira
típica, principalmente se a disponibilidade do nitrogênio é alta no meio radicular
durante o início do desenvolvimento. Como conseqüência do aumento no teor de
nitrogênio na planta pode-se citar:
- Aumento na relação
do peso e do comprimento da parte aérea/sistema radicular da planta (planta
anual e perene). Isto afeta a absorção de nutrientes e água do solo.
- Aumento do
comprimento, largura e redução na espessura da folha, podendo tornar as folhas
com grande inclinação com relação ao caule, afetando, assim, a interceptação da
luz.
- Aumento da predisposição ao
acamamento.
FÓSFORO
Embora
o fósforo seja pouco exigido pela planta, é um dos nutrientes mais utilizados
na adubação dos solos brasileiros. A falta deste nutriente é o que mais restringe
a produção agrícola no Brasil. A maioria das análises de solo no Brasil registra
menos de 10 mg kg-1 de solo, o que é considerado baixo. Em solos sob
o cerrado, os teores encontrados são freqüentemente 1 mg kg-1 de
solo, ou menos. Além da baixa disponibilidade deste elemento no solo, o fósforo
tem outro agravante que é a grande interação com os elementos no solo (P-Fe,
P-Al em solos ácidos e P-Ca em solos alcalinos), o que torna uma grande proporção
do fósforo indisponível à planta.
Diferentemente
do nitrato e do sulfato, o fosfato não é reduzido nas plantas e permanece em
sua forma oxidada. Após a absorção, o fósforo permanece como fosfato inorgânico
(Pi), ou é esterificado a grupos hidroxil na cadeia carbônica (CO-P) como um
simples éster fosfato (ex. fosfato em açúcar), ou ligado a outro fosfato por
ligação rica em energia, formando o pirofosfato (P~P), como por exemplo o ATP.
A taxa de troca entre Pi, fósforo em éster e o pirofosfato é grande. Por
exemplo, o Pi absorvido das raízes é incorporado em poucos minutos em
Porgânico, mas logo após é liberado novamente como Pi dentro do xilema. Outro tipo
de ligação do fosfato é caracterizado pela alta estabilidade do estado diéster (C-P-C).
Nesta associação o fosfato forma uma parte conectando unidades mais complexas
ou estruturais macromoleculares.
POTÁSSIO
O potássio é o mais
abundante cátion no citoplasma (100 a 150 mM) e possui grande contribuição no
potencial osmótico das células e tecidos de plantas glicofíticas. O potássio na
planta não é metabolizado e forma complexos prontamente trocáveis. O potássio
em termos gerais é o segundo nutriente em exigência pelas culturas, não sendo
tão limitante no solo quanto o fósforo. Depois do fósforo, é o nutriente mais
consumido pela agricultura brasileira.
CÁLCIO
A exigência de cálcio
varia grandemente nas diferentes espécies, e pode variar de 10 até 200 kg ha-1.
As dicotiledôneas de modo geral, são mais exigentes em cálcio do que as
monocotiledôneas. O conteúdo de cálcio nas plantas varia entre 0,1 a 5,0% do
peso seco dependendo das condições de crescimento.
MAGNÉSIO
A função do magnésio
na planta está relacionada com a sua capacidade para interagir com ligantes
nucleofílicos (ex. grupos fosforil) através de ligações iônicas, e atuar como
um elemento de ligação e ou formar complexos de diferente estabilidade. O
magnésio forma um composto ternário com enzimas na qual a ligação de cátions é
necessário para estabelecer uma geometria precisa entre enzima e substrato,
como por exemplo a RuBP carboxilase. Uma grande proporção do magnésio total
está envolvido na regulação do pH celular e no balanço cátion-ânion.
Nas folhas a
principal função do magnésio, é certamente como átomo central da molécula de
clorofila. Dependendo do “status” de magnésio na planta, entre 6 a 25 % do
magnésio total está ligado a molécula de clorofila. Como uma regra, outros 5 a
10% do magnésio total nas folhas está firmemente ligados a pectatos na parede
celular ou precipitados como sal solúvel no vacúolo (como fosfato), e o
restante 60 a 90% é extraível em água. Na maioria dos casos, o crescimento é
reduzido e o sintoma visual de deficiência do magnésio ocorre quando a
proporção de magnésio na clorofila excede 20 a 25 %. A semelhança do Pi, o
principal local de armazenamento do magnésio é o vacúolo, que tem grande importância
na homeostase do “pool” metabólico, e também no balanço cátion-ânion e
regulação do turgor das células.
ENXOFRE
A assimilação do
enxofre tem muitas características comuns com a assimilação do nitrato. Por
exemplo, a redução é necessária para a incorporação do enxofre em aminoácidos,
proteínas e coenzimas. Nas folhas verdes a ferredoxina é o redutor do sulfato.
Diferentemente do nitrato, o sulfato pode também ser utilizado sem a redução e
incorporação em estruturas orgânicas tais como, sulfolipídios nas membranas ou
polissacarídeos como o ágar. Também em contraste com o nitrogênio, o enxofre
reduzido da cisteína pode ser convertido a sulfato, forma de armazenamento nas
plantas. A oxidação de enxofre reduzido de compostos também parece ter uma importante
função como um sinal (“feedback”) negativo para a redução do sulfato.
Fontes à consultar:Apostila fotossíntese