domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) cont.



ECOFISIOLOGIA
A cana-de-açúcar é uma planta C4 com alta capacidade fotossintética, apresentando maior desenvolvimento e crescimento em regiões mais quentes (MATSUOKA, 1996). As plantas de metabolismo C4 em maiores temperaturas (30 – 40°C) possuem alto desempenho fotossintético, quando comparado com plantas C3, pois necessitam de concentrações menores de CO2, devido aos mecanismos da planta que tem a função de concentração de CO2 (TAIZ e ZEIGER, 2004). Portanto, nessas maiores temperaturas, haveria um crescimento mais rápido para a cana-de-açúcar, como a que pode ser observada entre os meses de outubro a maio (MACHADO et al. 1982).
Com relação às exigências climáticas, a cultura de cana-de-açúcar apresenta particularidades como: nas fases de brotação, perfilhamento e crescimento vegetativo (1º período do ciclo da cultura), a cana-de-açúcar exige período seco e/ou baixas temperaturas, para que passe da fase vegetativa para a fase reprodutiva, entrando em repouso fisiológico, priorizando o acúmulo de sacarose nos colmos, que é a substância de reserva da cana-de-açúcar (ANDRADE e CARDOSO, 2004).
De maneira geral, pode-se afirmar que abaixo de 20ºC de temperatura média do ar, a brotação, o perfilhamento e o crescimento são praticamente nulos, e entre 25ºC e 30ºC, ótimos; acima de 35ºC volta a ser praticamente nulos. Na maturação, a temperatura média do ar deve ser menor que 20ºC. No período do frio, o desenvolvimento vegetativo é paralisado e a planta passa a elaborar mais sacarose que será acumulada como substancia de reserva, elevando seus teores no colmo (ANDRADE e CARDOSO, 2004).
Fatores que influenciam o crescimento da parte aérea
a. Cultivares
Com relação à maturação ocorrem cultivares de ciclo precoce (atingem um percentual do valor de brix (sólidos solúveis) desejável mais cedo), médio e tardio, que não pode ser confundido com o ciclo vegetativo, onde o objetivo é a produção de biomassa por área. Assim, no início do período de safra, pode ocorrer que uma cultivar precoce relativamente à maturação, que produza menos biomassa por área que um tardio.
b. Luminosidade
Sendo a cana uma planta C4, altas eficiências fotossintéticas devem-se à altas intensidades luminosas. Com elevadas taxas de radiação, os colmos são mais grossos e mais curtos; as folhas mais longas e mais verdes e o perfilhamento mais intenso. Em condições de baixa irradiância os colmos são mais finos e longos, as folhas estreitas e amarelas. O fotoperíodo também é importante, afetando o comprimento do colmo. Em fotoperíodos de 10 a 14 horas o colmo aumenta, sofrendo redução, no entanto, em fotoperíodos longos, entre 16 e 18 horas.
O número de folhas verdes varia de 6 a 12, sendo menor o número de folhas em condições de déficit hídrico ou de baixas temperaturas. As folhas velhas, ao receberem pouca intensidade luminosa, tornam-se senescentes. As folhas verdes do topo são eretas, com o ápice curvo, podendo as demais são mais ou menos eretas, dependendo da variedade e das condições de cultivo. Normalmente, folhas eretas tendem a proporcionar aumentos significativos na produção.

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