A quantidade de nitrogênio a ser recomendada vai depender do sistema de
cultivo utilizado. Em lavouras sem irrigação, a adubação de cobertura requer
determinada quantidade de N por hectare. Já em lavouras
irrigadas, com alta tecnologia, onde se espera alcançar alta produtividade, a recomendação de N terá que ser muito maior, chegando, em alguns casos, ao dobro
da recomendação para uma área não irrigada. Nas lavouras conduzidas com alta
tecnologia, as condições propícias colocadas
à disposição das plantas fazem com que elas desenvolvam melhor e necessitam, para
isto, de altas quantidades de nutrientes para altas produções. A quantidade de
nutrientes exportada pelas culturas requerem adição suficiente de nutrientes no
solo. Portanto, quando se recomenda adubação nitrogenada em cobertura, uma
série de fatores devem ser levados em consideração, ou seja, condições de clima
e fertilidade do solo, plantio direto ou convencional, fontes de N, potencial
produtivo da espécie vegetal, se foi feita rotação de culturas anteriormente,
se foi usada leguminosa antes, época de semeadura, custo da unidade de N das
diferentes fontes nitrogenadas. Os resíduos de culturas deixam nutrientes que
são incorporados no solo. O tipo de solo deve ser considerado por causa do
potencial de mineralização do N. O teor de matéria orgânica no solo deve ser
conhecido bem como a relação C/N.
As
culturas sob irrigação têm a vantagem de que é possível parcelar as aplicações
de N em até oito vezes durante o ciclo das plantas. O parcelamento da adubação
nitrogenada aumenta a eficiência do N e as perdas por lixiviação são reduzidas.
Mas, este parcelamento deve obedecer algumas condições: deve ser usado quando
forem recomendadas altas doses de N, acima de 120 kg/ha; parcelar quando
tratar-se de solos arenosos; em épocas de muita chuva.
Quando
a dosagem de N for menor que 120 kg/ha, a recomendação é uma única aplicação,
nestas condições: solos que apresentam textura média ou argilosa; em lavouras
sem uso de irrigação.
O
milho é uma cultura que responde muito bem à adubação nitrogenada em cobertura.
O importante é ter em consideração que a planta retira do solo nutrientes que
são absorvidos para satisfazer as suas necessidades durante o ciclo de vida.
Então, estes nutrientes devem ser repostos de acordo com as tabelas de
recomendação de adubação. E pode-se observar que as tabelas de recomendação têm
uma recomendação para cada faixa de produção que se pretende atingir. Por
exemplo, no milho do RS, a recomendação de adubação nitrogenada varia de 50 a
90 kg/ha, conforme o teor de matéria orgânica no solo, para uma produção de 4
t/ha de grãos. Para cada adicional de 1 t/ha na produção de grãos,
deve-se acrescentar mais 15 kg/ha de N. Para o fósforo e potássio,
além da recomendação normal para uma produção de grãos de 4 t/ha, deve-se
acrescentar, para cada produção adicional de 1 t/ha, 15 kg/ha de P2O5 e 10 kg/ha de K2O.
FONTE: agronomiacomgismonti
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