A salinização dos solos é mais freqüente em regiões tropicais de clima quente e seco, com elevadas taxas de evapotranspiração e baixos índices pluviométricos. O aumento de sais solúveis em um solo, eleva o seu potencial osmótico, as plantas têm dificuldade de absorção água e nutrientes provocando a redução do seu crescimento, sendo também perceptível injúrias foliares. A proporção relativa de sódio (Na) em relação a outros cátions (Ca e Mg) compromete a capacidade de infiltração do solo pela dispersão das argilas, provocando o escoamento superficial e a redução na produção da maioria das culturas agrícolas. Parâmetros de controle e monitoramento utilizados para solos são: determinação de substâncias orgânicas e inorgânicas (metais) para comparação com valores orientados, porcentagem de sódio trocável - PST (%) e porcentagem de potássio trocável em análises de fertilidade de solos para fins agrícolas.
O termo salinidade se refere à presença, no solo, de sais solúveis; quando a concentração de sais se eleva ao ponto de prejudicar o rendimento econômico das culturas, diz-se que tal solo está salinizado. A salinização do solo afeta a germinação e a densidade das culturas, bem como seu desenvolvimento vegetativo, reduzindo sua produtividade e, nos casos mais sérios, levando à morte generalizada das plantas. O processo de salinização (concentração de sais na solução do solo) ocorre, de maneira geral, em solos situados em região de baixa precipitação pluviométrica e que possuam lençol freático próximo da superfície.
De um modo geral, os solos situados em regiões áridas, quando submetidos à prática da irrigação, apresentam grandes possibilidades de se tornarem salinos, desde que não possuam um sistema de drenagem adequado. Estima-se que de 20% a 30% das áreas irrigadas em regiões áridas necessitam de drenagem subterrânea para manter sua produtividade, sendo a irrigação e a drenagem ações afins. Estimativas da FAO informam que, dos 250 milhões de ha irrigados no mundo, aproximadamente, 50% já apresentam problemas de salinização e de saturação do solo e que 10 milhões de ha são abandonados, anualmente, em virtude desses problemas.
As principais causas da salinização nas áreas irrigadas são os sais provenientes de água de irrigação e/ou do lençol freático, quando esse se eleva até próximo à superfície do solo. Pode-se afirmar que a salinização é subproduto da irrigação: uma lâmina de 100 mm de água, com concentração de sais de 0,5 g/l, aplicada a 1 ha deposita, naquela área, 500 kg de sal. Quanto maior for a eficiência do sistema de irrigação, menor será a lâmina de água aplicada e, como conseqüência, menor será a quantidade de sal conduzida para a área irrigada, bem como o volume de água percolado e drenado.
O requerimento básico para o controle da salinidade, nas áreas irrigadas, é a existência da percolação e da drenagem natural ou artificial, garantindo o fluxo da água e do sal para abaixo da zona radicular das culturas. Nessa situação, não haverá salinização do solo. No local onde o dreno descarregar, entretanto, haverá aumento na concentração de sais. Aproximadamente 30% das áreas irrigadas dos projetos públicos no Nordeste apresentam problemas de salinização; algumas dessas áreas já não produzem. Topo
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