segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Fertirrigação ou Quimigação?


"fertirrigação" é a aplicação de fertilizantes através da irrigação. Esta prática é muito usada na região semi-árida para a aplicação dos nutrientes às plantas através da irrigação. A "quimigação", por sua vez, se utiliza da irrigação para aplicar tanto nutrientes como defensivos agrícolas, no combate às pragas e doenças das plantas. Desta forma temos que a quimigação é dividida em: fertirrigação (aplicação de nutrientes) e pestigação (uso de inseticidas, fungicidas, nematicidas e herbicidas). A aplicação de inseticidas é chamado de insetigação,  o uso de fungicidas na água de irrigação é fungigação,  o uso de nematicidas na água de irrigação chama-se de nematigação e aplicação de herbicidas chamada herbigação.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Entomologia Cont.



ABELHA MELÍFERA
 (Apis mellifera)
Características: é a espécie de abelha mais conhecida (abelha do mel). Esta espécie foi introduzida no Brasil em 1839 pelo Padre Antonio Carneiro de colônias vindas do Porto, Portugal. Atualmente esta espécie é encontrada em todo o país. P ertence à Ordem Hymenoptera, mesmo grupo das formigas e vespas. É um dos insetos mais importantes para o homem, pois seus produtos são de grande utilidade como o mel, o própolis, a geléia real e a cera, além de promoverem o importante papel na reprodução das plantas, através da polinização.
Habitat: áreas urbanas (forros, postes, árvores, etc), áreas de florestas e cerrados.
Ocorrência: em todo o Brasil.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Reduzir a salinidade do solo


A salinidade do solo é um dos mais graves problemas da agricultura. A causa deste processo é o acúmulo de sais nos capilares do solo, levando a uma acentuada diminuição da nutrição das plantas. A concentração de sais deixa os capilares da planta, com uma quantidade suficiente de sais que podem levar a morte. Sistemas magnéticos desenvolvido pela Omni relatam que é possível usar a água salina tradicionalmente inadequada (teor de sal de 410L / g) de forma eficiente para irrigar as culturas. Obviamente, quando você irrigar com água salina, posteriormente o nível de salinidade do solo aumenta, causando dificuldades na absorção de nutrientes das plantas. Após o tratamento magnético da água, há uma alteração das características físico-químicas da água levando a melhor filtração por exemplo, os capilares da planta começam a deixar cristais de sal ou cristais de diferentes elementos químicos e suspensões. 
A salinidade do solo afeta enormes áreas de cultivo. Por exemplo, cerca de 32 milhões de hectares de solos aráveis da Austrália têm sido inutilizada por sal. O custo de perda de produção agrícola é estimado em US$ 3,5 bilhões por ano.
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Leia também:
Salinidade do solo

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Salinidade do solo


A salinização dos solos é mais freqüente em regiões tropicais de clima quente e seco, com elevadas taxas de evapotranspiração e baixos índices pluviométricos. O aumento de sais solúveis em um solo, eleva o seu potencial osmótico, as plantas têm dificuldade de absorção água e nutrientes provocando a redução do seu crescimento, sendo também perceptível injúrias foliares. A proporção relativa de sódio (Na) em relação a outros cátions (Ca e Mg) compromete a capacidade de infiltração do solo pela dispersão das argilas, provocando o escoamento superficial e a redução na produção da maioria das culturas agrícolas. Parâmetros de controle e monitoramento utilizados para solos são: determinação de substâncias orgânicas e inorgânicas (metais) para comparação com valores orientados, porcentagem de sódio trocável - PST (%) e porcentagem de potássio trocável em análises de fertilidade de solos para fins agrícolas.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Cultivo da Mandioca (Manihot esculenta Crantz) Cont.


MANEJO DA CULTURA

Adaptação da área: A adaptação da área consiste nas operações de desmatamento, eliminação da parte aérea da vegetação, encoivaramento, queima limpeza da área e destocamento que pode ser manual ou mecanizado. 
Conservação do solo: Não descuidar das práticas conservacionistas. Se o terreno apresentar uma determinada declividade, deve-se fazer o plantio em curvas de nível ou a construção de terraços. 
Preparo do solo: Correção - Deve ser feita se o pH for inferior a 5,0. Quando recomendada, a aplicação de calcário é feito com 45 a 60 dias antes da aplicação dos fertilizantes e plantio. Realizada entre as operações de aração e gradagem (Tabela 21). A quantidade de calcário a aplicar depende das características do solo. Podemos verificar na tabela 21 as quantidades a aplicar em função dos valores de cálcio, magnésio e alumínio revelados pela análise do solo.
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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Cultivo da Mandioca (Manihot esculenta Crantz) Cont.

Crescimento e desenvolvimento da cultura da mandioca
O desenvolvimento da planta, a partir da estaca pode ser dividido em 5 fases fisiológicas. A presença e a duração da cada fase estão na dependência dos fatores ambientais, culturais e genéticos.

Fase 1: Brotação das estacas: aparecimento de raízes na região dos nós e na extremidade basal das estacas, a partir do quinto dia após o plantio. Os primeiros talos surgem logo após, seguidos por pequenas folhas (10-12 dias após o plantio). A fase completa-se 15 dias após o plantio. Durante a primeira semana após o plantio da estaca, ela perde peso seco devido à intensa respiração, mobilização e utilização de suas reservas. Durante a segunda semana se inicia a germinação e alongamento das gemas axilares e se forma um calo na superfície do corte do extremo inferior da estava. Na terceira semana se inicia o desenvolvimento das raízes que brotam tanto do calo formado como dos internódios e das gemas.


Fase 2: Crescimento e desenvolvimento: As folhas verdadeiras são expandidas após 30 DAP, quando ocorre o início do processo fotossintético (até então a maniva supria). Prossegue a formação de novas raízes absorventes, com maior capacidade de penetração no solo (40 a 50 cm). A fase dura de 70 a 80 dias. Grande parte das reservas das estacas é mobilizada para a formação dos ramos e folhas. Ao contrário, o crescimento do sistema radicular é lento.


Fase 3: Desenvolvimento da parte aérea, ramificação e definição do porte da cultivar. As folhas alcançam a expansão máxima após 2 semanas do início do seu desenvolvimento e duram na planta cerca de 60 a 120 dias. As folhas novas totalmente expandidas vão se tornando maiores até os quatro meses de idade da planta e menores, a partir dessa idade. Essa fase tem a duração aproximada de 90 dias. Entre 70 e 90 dias a planta inicia o processo de tuberização (dependendo da cultivar). Nesta fase há redução no crescimento da parte aérea e intensificação do acúmulo de matéria seca nas raízes.


Fase 4: Engrossamento das raízes de reserva: intensifica-se a translocação de carboidratos das folhas para as raízes, onde se acumulam sob a forma de amido. 2 a 3 meses após o plantio, as raízes de reserva começam a representar uma parcela considerável da massa total da planta. Dura em média 5 meses e coincide também com o processo de lignificação dos ramos da planta. 


Fase 5: Fase de repouso: a taxa de emissão foliar começa a diminuir e a taxa de queda de folhas por senescência aumenta, reduzindo a área foliar total (oscilação de temperatura ou seca durante o ano acentuam a característica). Com essa fase a planta completa um ciclo de 9 a 12 meses, após o qual começa um novo período de atividade vegetativa, acumulação de matéria seca nas raízes e um novo repouso. Topo



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Cultivo da Mandioca (Manihot esculenta Crantz) Botânica
Cultivo da Mandioca (Manihot esculentum Crantz): Origem

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Cultivo da Mandioca (Manihot esculenta Crantz) Cont.


BOTÂNICA

Taxonomia
A mandioca é uma dicotiledônea da Família Euphorbiaceae, Gênero Manihot e Espécie M.esculenta Crantz. É a única espécie comestível do gênero que congrega cerca de 200 espécies. Existem algumas classificações incorretas da mandioca como: M. utilíssima; M. aipi; M. dulcis; M.; flexulosa; M. flabellifolia; M. difusa; M. melanobasis; M. digitiformis e M. sprucei. O gênero Manihot conta com um número aproximado de 200 espécies sendo a mais importante a Manihot esculenta Crantz, pelo seu maior interesse econômico.
Anatomia e morfologia
Raízes, caule, folhas, inflorescência, fruto e sementes. 
Plantas oriundas de sementes: Raízes modelo axial tuberoso, com muita freqüência com raízes secundárias feculentas. 
Plantas oriundas propagação agâmica: Raízes modelo pseudofasciculado tuberoso. 

Raízes: As raízes são ricas em fécula, apresentando-se sob várias conformações: Cilíndricas; Cilindro-cônicas; Cônicas; Fusiformes; Globosas (menos comum). O número de raízes oscila de 5 a 12 por planta. Independente da forma pode ocorrer raízes tortuosas (característica indesejável para aproveitamento industrial). Apenas algumas raízes intumescem pelo armazenamento de amido transformando-se em raízes tuberosas que são superficiais. A resistência à seca desta cultura deve estar associada a outra característica e não à extensão do sistema radicular da planta. O número de raízes é importante para definir o tamanho do dreno da planta. Uma deficiência no número de raízes pode limitar o potencial produtivo da planta por redução de dreno. A tabela 6 mostra a evolução média do número de raízes de dez cvs. de mandioca em Pacajus-CE. Os dados mostram também a evolução do comprimento e do diâmetro das raízes ao longo dos dois ciclos de crescimento. Observa-se que o diâmetro apresentou grande ritmo de crescimento evoluindo desde 70 dias após o plantio (dap) até 491 dap ao final do segundo ciclo. Ao contrário o comprimento atingiu valores máximos logo aos 84 dap estabilizando daí até o período final de crescimento. Fica claro que a produção de raízes está mais associada ao diâmetro que ao comprimento das raízes. A raiz tuberosa é constituída de:
Casca: Periderma ou película externa suberizada (felema), Esclerênquima, Parênquima cortical (látex com linamarina) e Floema;
Cilindro central: Cambio, Parênquima de armazenamento, Vasos do xilema, Vasos do xilema e fibras, Cilindro central branco ou amarelo (parênquima de reserva), rico em amido. Encerra no centro cambio vascular e xilema. As raízes são classificadas de acordo com o formato em: Cônica, Cilíndrica, Fusiforme, Estrangulada, Tortuosa, Globulosa.
Caule: O caule é subarbustivo ereto. Pode ser indiviso no ciclo vegetativo e ramificado no ciclo produtivo. O caule, de altura variável entre 1 e 3 metros pode ser ou não ramificado. Com o tempo torna-se suberizado com coloração cinzenta ou marrom. Quando adulto é lenhoso, quebradiço e dotado de nós salientes, apresentando ramificação baixa ou alta (caule ereto), dicotômica (divide-se em dois), tricotômica, tetracotômica e tipos intermediários. Os internódios são bem definidos e o crescimento é contínuo, a partir do crescimento ativo do meristema apical. Nas axilas dos nós encontra-se uma gema característica, responsável pela propagação vegetativa da espécie. Depois de atingir certo desenvolvimento a haste produz inflorescências na sua extremidade. Em geral as três gemas situadas abaixo do ápice da planta brotam e se desenvolvem em posição inclinada (45º) em relação à horizontal. No caule estão presentes vasos lactíferos que encerram o glicosídeo cianogênico linamarina.

Folhas: As folhas são palminérveas, inseridas no caule em disposição alterna-espiralada, lobadas com três, cinco, sete ou mais lobos e longamente pecioladas. Os lobos apresentam variação, estes apresentam diferentes cores variando do verde claro até roxo e formatos também variados, destacando-se espatulados lanceolados e oblongos (Figuras 5 e 6 ). Apresenta filotaxia 2/5. A anatomia da folha é simples. Apresenta epiderme com deposição de cutícula. Há uma camada de células de tecido palissádico seguido de 4 camadas de células de tecido lacunoso ou esponjoso. Há estômatos em ambas as superfícies (Figura 6). Lobo estreito é dominante sobre lobo largo. Teoricamente há vantagem das folhas com lobo estreito em condições de plantios densos e elevado índice de área foliar. Na prática há um problema: as folhas com lobo estreito têm menor área foliar unitária. A duração da folha talvez seja uma característica tão ou mais importante que sua forma na otimização do uso da radiação solar ao longo do ciclo cultural. Durante a estação seca as folhas sofrem abscisão e a planta diminui sua atividade fotossintética. A queda das folhas deve refletir um mecanismo de defesa da planta para evitar uma transpiração excessiva em condições de desequilíbrio hídrico. A longevidade das folhas varia, dependendo do IAF (Figura 6), pragas, doenças e clima.

O pecíolo: É de comprimento variável com o cultivar e com a idade da planta. Pode ser verde, rosado ou vermelho.
Inflorescência: As flores estão dispostas em inflorescências cimosas. As flores masculinas, localizadas na extremidade da ramificação da inflorescência são maiores em número e tamanho que as femininas na base. São unissexuadas por aborto, monoclamídeas (perianto com um só verticilo) e apresentam pré-floração calicina. As flores femininas amadurecem alguns dias antes das masculinas (dicogamia protogínica), numa mesma inflorescência e, também, na mesma planta, admitindo-se, por isto que a mandioca seja do grupo das plantas alógamas. São agrupadas em panículas na extremidade dos ápices. Não apresentam importância econômica, pois os frutos não têm valor comercial. A reprodução sexuada é importante apenas em trabalhos de melhoramento, na produção de novas cultivares. A planta é monóica. Há flores masculinas e femininas numa mesma planta, numa mesma inflorescência. Ambas têm curta duração. As masculinas em maior número abrem antes que as femininas e ocupam posição superior na panícula (Figuras 7). A polinização é feita por insetos. Vejamos os principais componentes: Masculina: Cinco sépalas, disco, estames (10) sendo 5 internos e 5 externos, anteras birimosas. Feminina: Duas flores por inflorescência; cálice com cinco sépalas e disco; três estilos conatos; estigma trilobado; ovário súpero com três lojas; estaminóide presente, às vezes.
Fruto: Cápsula tricoca, constituída de três lojas bivalvas com uma semente em cada, que se abrem quando completamente madura. A abertura ocorre na planta, mas pode também ocorrer no solo. Há cultivares com frutos providos de asas bem desenvolvidas e sinuosas e outros, sem essas formações. As sementes apresentam carúncula muito semelhante às da mamona. São constituídas de tegumento; endosperma, rico em óleo; embrião com cotilédones, radícula, hipocótilo e epicótilo (Figs. 8 e 9).
Sementes: São carunculadas, com testa, micrópila, hilo, rafe e chalaza. O embrião é central, com folhas cotiledonares grandes, maiores que a radícula. O endosperma é abundante e oleaginoso.



OBS.: todas as figuras desta postagem foram retiradas da apostila "a cultura da mandioca" no qual não há identificação dos autores.


Veja também: 

Cultivo da Mandioca (Manihot esculentum Crantz): Origem

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Cultivo da Mandioca (Manihot esculenta Crantz)


História e origem

É considerada a mais Brasileira de todas as plantas cultivadas. O centro de origem é o “Brasil Oriental Tropical” (provavelmente tenha surgido na região amazônica). Encontrada entre as latitudes de 30º N e S, concentrando-se entre os paralelos 15º N e S (regiões quentes e úmidas). No Brasil, a mandioca distribui-se por todo o território nacional, (desde o Amazonas até o sul do país, tanto no litoral quanto nas regiões mais ocidentais). Os índios Tupis, que habitavam a Região amazônica atingindo parte do litoral e região central do país, tiveram grande papel na sua expansão. Os Tapuias também tiveram papel importante na sua expansão através do Nordeste, Leste e Sul do país.


Após o descobrimento e a colonização do Brasil a planta foi levada para a África e Ásia. Está presente como planta cultivada em todos os países americanos com exceção do Canadá. Seu cultivo estende-se pelos continentes: africano, asiático, americano e Oceania. Não é cultivada na Europa.

O continente africano responde por mais da metade da mandioca produzida. Em seguida vem a Ásia com aproximadamente ¼ da produção e a América Latina. A América Central, do Norte e a Oceania apresentam produção insignificante.



Uso
É cultivada basicamente por suas raízes tuberosas feculentas com elevado teor de amido. Apresenta os seguintes limites de variação na sua composição:


A composição das raízes de diversas cultivares pode ser vista na tabela 4. Os dados revelam percentagem de amido superior a 30%. A parte aérea, vulgarmente denominada de ramas é largamente utilizada na alimentação animal após sua desintegração. Ela pode ainda ser usada como silagem em mistura com outras forrageiras ou como feno.

O feno apresenta-se como um excelente produto para a alimentação de ruminantes com valores de teor protéico variando de 17,94 a 22,68%. A rama fresca apresenta variação na proteína bruta de 4,65 a 5,87. A qualidade da rama e do feno depende da origem (parte apical ou média da planta) e também da idade da planta. As plantas jovens apresentam maior percentagem de folhas e, portanto maior riqueza protéica. As plantas com mais de um ciclo têm uma grande massa de caules com um mais elevado teor de fibra.

Por ser uma proteína foliar apresenta grande diversificação na composição de aminoácidos o que eleva sua qualidade como ração animal. Alguns autores citam o uso da parte mais lenhosa da maniva como combustível. A seguir podemos destacar diversas possibilidades de uso das raízes da mandioca na indústria em geral. O amido, dextrinas, álcool etílico, glicose, maltose, farinha de mesa, raspas, farinha de raspas, farelo para ração animal. O amido é usado na indústria de extração de petróleo.

Quando lançado o pró-álcool na década de 70, foi discutida a possibilidade de uso de outras culturas além da cana-de-açúcar na industrialização do álcool. Muito falou-se na mandioca e no sorgo forrageiro. Vale destacar que durante a II guerra mundial, em Minas foi produzido álcool a partir de mandioca em Divinópolis.

Exigências edafoclimáticas
Mandioca é pouco exigente sendo adaptada a solos pobres em áreas marginais e tolerante à deficiência hídrica.

Importância da mandioca como cultura alimentícia
Pode ser consumida após o cozimento (cultivares mansas, com baixo teor de HCN). Tanto a farinha como a fécula (goma) são muito importantes como alimento energético para a população de baixa renda. A mandioca apresenta uma elevada produção de calorias/área/tempo.


Vale destacar que com exceção da mandioca todas as culturas listadas foram submetidas a intensivos programas de melhoramento genético. A grande vantagem da mandioca reside no fato de produzir elevado índice de colheita em relação às outras culturas. Há também a especialização na produção de carboidratos por parte da mandioca, ao contrário das outras culturas que produzem também proteína.

A mandioca apresenta grande eficiência biológica como produtora de alimento. Em geral culturas cujas raízes constituem o produto comercial apresentam grande eficiência biológica. Numa cultura produtora de grãos ou sementes a planta tem que desenvolver um suporte para sustentar a produção utilizando grande parte de suas reservas para este mister. Em trigo, por exemplo, 36% do peso seco total da planta é constituído de semente e 64% é material não aproveitável, sem valor comercial. No caso da mandioca as raízes podem chegar a 60 a 70% do peso seco total da planta.

A cultura não apresenta grande dependência de estação climática. Há maior flexibilidade com relação à época de plantio e maior ainda com relação a colheita. As demais culturas exigem ao contrário bem mais definidas épocas de plantio e colheita. A cultura apresenta baixo custo de produção. Apresenta grande adaptação ecológica sendo cultivada tanto no trópico úmido como no semi-árido. Produz satisfatoriamente em solos de baixa fertilidade.